02/03/2021
Doença do Silicone: porque o explante mamário é a melhor solução!
A prótese de silicone é um material sintético e com o tempo pode sofrer reações no organismo. Assim, é recomendado a retirada ou troca dos implantes em média a cada 10 anos para evitar vazamentos, corrigir o risco de contratura capsular ou problemas causados pela doença do silicone ou em casos mais severos, pela Síndrome de ASIA.

No caso das mulheres que sofrem com a Doença do Silicone e com a Síndrome de ASIA , é necessário realizar o explante mamário. Mas você sabe o que é a Síndrome de ASIA e a Doença do Silicone e como identificá-las? Confira a seguir. 


Doença do Silicone

A Doença do Silicone é mais comum e afeta uma quantidade maior de pacientes que realizam a cirurgia de implante mamário. Apesar de não ser um termo técnico, ela está ligada à BII ( Breast Implant Illness) - doença do implante mamário. Que representam uma série de sintomas relacionados à rejeição da prótese pelo organismo. 

Os sintomas mais comuns ligados à doença do Silicone são dores musculares - principalmente na região peitoral- fadiga ou falta de ar e em casos mais graves até perda de memória. 

A doença do Silicone está ligada também à contratura capsular grave, na qual, o organismo do paciente cria uma película de proteção em volta da cápsula, para isolá-la do restante do organismo e contrai na tentativa de expelir o material. A contratura pode provocar fortes dores no peito e endurecimento das mamas. 

Além disso, outras adversidades podem estar ligadas à rejeição da prótese como Linfoma Anaplásico de Células Grandes (ALCL), que está relacionado à texturização da prótese de mama, ela possui uma película áspera, nesses casos também é indicada a retirada da prótese.  


Síndrome ASIA

 Já a Síndrome ASIA é diferente da Doença do Silicone e é importante ter atenção para diagnosticá-la corretamente. Síndrome ASIA uma abreviação em inglês que significa Autoimmune Syndrome Induced by Adjuvants - uma doença autoimune induzida por adjuvantes, que podem incluir o silicone das próteses mamárias. Porém, os testes laboratoriais da doença em relação à reação do organismo com a prótese de silicone, ainda é inconclusivo. 

Exames laboratoriais e de imagem como ultrassonografia, ainda não são capazes de diagnosticar o silicone como causa da Síndrome no organismo. O que pode acontecer é uma reação de contratura capsular ou outras reações à toxicidade do silicone  que desenvolva a Síndrome Autoimune e assim, afete a prótese implantada. 

Podem ser identificados alguns sintomas para facilitar o diagnóstico da Síndrome e da necessidade de remoção da prótese. São eles: 


Sintomas maiores

  • Febre, boca seca. 
  • Distúrbios cognitivos, perda de memória. 
  • Dor no peito ou falta de ar. 
  • Fadiga crônica, insônia. 
  • Artralgia ou artrite. 
  • Mialgia ou fraqueza muscular.
 

Sintomas detalhados

  • Presença de anticorpos específicos contra o adjuvante (silicone);
  • Presença de antígeno leucocitário humano (HLA) específico; 
  • Aparecimento de outras doenças autoimunes. 

 

Qual o tratamento?

A melhor solução para regredir os sintomas em todos os casos de adversidades ao implante, é a retirada da prótese de mama e sua cápsula (explante mamário em bloco). Em casos específicos como o desenvolvimento da Síndrome ASIA também são receitados medicamentos imunossupressores como, corticóides. 

A recuperação completa pode ocorrer entre 1 a 6 meses, junto com o desaparecimento dos sintomas. A melhora dos sintomas ocorre em 75% dos casos, porém ainda é possível que em alguns pacientes, os sintomas prossigam mesmo após o procedimento de explante. 

É importante lembrar que, a cirurgia de retirada de prótese de silicone não significa que resultará em deformidade da mama, existem outros procedimentos para corrigir a flacidez e reconstruir a região. 

Após a remoção da prótese, pode-se realizar um procedimento de mastopexia (levantamento e reconstrução das mamas) ou lipoenxertia - enxerto de gordura retirado de outra região do corpo e reimplantação nas mamas para corrigir o volume. Neste último caso, os riscos de rejeição são bem menores já que a gordura implantada é originada do próprio organismo. 

Teve complicações e gostaria de retirar o seu implante mamário? Agende sua consulta, fale com o Dr. Rogerio Morale. 
 
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